Desde que foi implementado, em novembro de 2020, o sistema de pagamentos do Banco Central (BC), o Pix, tem sido um dos mais utilizados pelos brasileiros. E nesta quarta-feira (30), o BC anunciou que o número de operações com este método superou aquelas feitas com cartões de crédito e débito pela primeira vez. No quarto semestre de 2021, o Pix passou a representar 20,61% do total de pagamentos, seguido pelo débito (20,38%) e pelo crédito (19,73%).
Com essa grande popularidade, a maioria dos negócios já vem implementando a forma de pagamento digital no seu dia-a-dia. Hoje, o sistema é aceito por grandes comércios, varejistas físicas e digitais, e até mesmo serviços que só são encontrados na internet, como games virtuais e casas de apostas que aceitam pix. As operadoras de jogatina são um ótimo exemplo de como a indústria se adaptou ao Pix, já que todas as que operam legalmente no Brasil têm sede no exterior, mas mesmo assim já permitem as transações com um sistema completamente brasileiro.
Benefícios
O sistema do BC é bastante interessante para qualquer negócio digital, principalmente por conta dos seus inúmeros benefícios. Por exemplo, não há custo algum sobre a transação, a não ser que se contrate um terceiro para fazer o processo. Além disso, é possível transferir capital em dias e horários quando uma TED, por exemplo, não seria permitida. Por fim, com o Pix, a cobrança é imediata, e o dinheiro cai na conta do empresário no momento da transação. Além disso, a ferramenta é segura, já que apenas pessoas autorizadas pelo BC podem se conectar ao sistema de pagamentos instantâneo.
Por conta dessas vantagens, muitos negócios oferecem descontos para quem efetua pagamentos através da ferramenta. Através dela, lojas podem vender mais, mais rápido, além de economizarem em taxas.
Como funciona?
Ecommerces interessados em trazer essa opção de pagamento para os seus clientes podem aproveitar que o sistema é bastante simples para ambas as partes. As transações são feitas a partir de chaves – quem possui conta da pessoa física pode ter cinco chaves, enquanto o modelo de pessoa jurídica para empresas permite até 20 chaves por titularidade.
O lojista pode registrar um QR code para pagamento direto no app do banco ou disponibilizar uma de suas chaves para os clientes de maneira direta.
Recorde de operações
Desde que foi posto em uso, o Pix vem batendo dezenas dos próprios recordes, ganhando uma popularidade absurda entre os brasileiros. E no início de março (04), ele alcançou a marca de 58,5 milhões de operações realizadas em tempo real. O recorde tinha sido alcançado apenas um mês antes – no dia 4 de fevereiro ele bateu as 54,6 milhões de transações. A promessa é que, a cada mês, os números se superem.
Vale ressaltar que o BC está sempre antenado nos possíveis problemas e oportunidades do sistema, e por isso vem implementando novas funcionalidades conforme ele vem sendo usado. Por exemplo, a possibilidade de fazer saque e troco permite que o cliente utilize lojas e supermercados para sacar dinheiro em espécie ou receber um troco e espécie sem precisar visitar um banco. Os estabelecimentos lucram com isso, e o cliente tem a opção de fazer até oito operações de forma gratuita. Em um balanço, o BC mostrou que, nos dois primeiros meses de funcionamento, aproximadamente 43 mil pessoas já haviam utilizado as novas funcionalidades, principalmente o saque.
O sistema traz ainda mais benefícios para o Microempreendedor Individual (MEI). A economia nas transações financeiras é um deles, além de que a empresa é ainda mais impulsionada para o crescimento com a possibilidade de pagamento à distância, ou seja, mais rapidez nas operações, e um fluxo de caixa mais ágil.